Teste Fiat Uno Economy

Fiat Uno Economy 1.0 flex - Avesso à bebedeira

Paulo Eduardo - Estado de Minas

Um dos modelos mais antigos em produção no Brasil está mais pão-duro, graças ao conjunto de soluções mecânicas que diminui as paradas no posto de abastecimento

Fotos: Marlos Ney Vidal/EM/D.A Press - 24/10/08

O Uno sobrevive e é um dos carros mais vendidos no mercado nacional. Espaço interno, visibilidade e praticidade são os principais atributos deste hatch compacto. As alterações de estilo são facilmente perceptíveis e, segundo o fabricante, dão novo fôlego ao modelo. Mas as alterações mecânicas é que tornaram o carro mais ágil e consumindo pouco combustível. Para começar, a quinta marcha foi alongada para que o consumo seja menor em estradas e grandes avenidas.

Foi também utilizado óleo de motor (5W30) de menor viscosidade para reduzir atrito entre as partes móveis do motor. A suspensão dianteira teve a geometria alterada para diminuir resistência ao rolamento e contribuir para menor consumo. Foi adotado também pneu de baixa resistência ao rolamento. A banda foi projetada para tal. E segundo a Fiat, proporciona redução à resistência ao rolamento de 30%.

Econômetro
A alteração interna mais perceptível é o dispositivo que mostra consumo instantâneo incorporado ao painel de instrumentos, indicando ao motorista a forma mais econômica de dirigir. Funciona eletronicamente e leva em consideração consumo instantâneo e velocidade. As informações são fornecidas pela central eletrônica. O ponteiro do instrumento percorre as faixas verde e amarela, conforme a pressão exercida sobre o pedal do acelerador. Poderia até ser denominado de educador. Prato cheio para os que adoram economizar. E uma prova incontestável de que usar ponto morto em descida implica mais consumo do que se estivesse engrenado. Basta conferir o ponteiro do econômetro.


Motor
Perdeu um pouco de torque e potência em relação ao anterior por causa da redução de consumo, mas mantém o desempenho pelas novas soluções. O Uno é apropriado para os centros urbanos pelas suas dimensões reduzidas, o que facilita manobras de estacionamento em vaga apertada. Além disso, tem bom comportamento dinâmico previsível nas curvas.

Segurança
A mancada da Fiat é equipar esse modelo com cintos laterais traseiros de três pontos não-retráteis, o que dificulta a colocação e ajuste do mais importante, simples e barato item de segurança. Não satisfeito, o fabricante coloca os dois apoios de cabeça traseiros na lista de opcionais. Falta de bom senso e desleixo em relação à segurança. Lamentável que isso ainda ocorra. O cinto traseiro central é de três pontos e apoio de cabeça central não é disponibilizado nem como opcional. A regulagem dos encostos dos bancos dianteiros não é do tipo contínua, o que exige paciência.

Mas a proposta do Uno é essa mesma, carro pequeno, prático, despojado. A unidade testada não era equipada com direção hidráulica, o que exige esforço apenas em manobras de estacionamento. Um carro para a cidade, mas que encara estrada sem cerimônia. O desempenho surpreende para motor 1.0. É muito bom, com motorista e passageiro da frente.

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