Em outubro passado, quando o JC comparou o então recém-chegado Voyage 1.6 com o Fiat Siena e o Chevrolet Prisma, ambos 1.4, o Volkswagen ganhou tranquilo. E agora não foi diferente, no duelo entre a nova opção 1.0 do Chevrolet e o sedã da VW, que já está brigando com o Siena pelo topo do segmento.
Mesmo tendo um motor bem esperto (com até 78 cv, é o propulsor aspirado o mais potente do País nesta cilindrada), o Prisma não foi páreo para o Voyage.
Em resumo, o VW se sobressai pelo acabamento, conforto, ergonomia, desenho, estabilidade e qualidade de construção superiores ante o rival.
A configuração avaliada do Chevrolet foi a de topo, Maxx, que ao preço de R$ 28.800 custa só R$ 1.114 a mais que a de base, a Joy, e vem com alguns itens de série a mais. Já o Voyage de 1 litro é oferecido em catálogo único, a partir de R$ 28.990 e com uma infinidade de opcionais.
A vitória do Voyage já começa antes mesmo de entrar nos carros. Olhando-os lado a lado, ele exibe um visual mais bem acertado e elegante. Seus 10 cm a mais no comprimento (4,23 ante 4,13 m) dão a sensação de se tratar de um automóvel de categoria superior. Ambos são derivados de hatches compactos, mas o Prisma deixa isso mais claro.
Por dentro, o Volks não dá a menor chance. Num embate onde o plástico duro impera, o Voyage entrega acabamento melhor. Até ao abrir a porta a sensação de qualidade é maior.
A posição de dirigir está muitos degraus acima. O volante é centralizado e há regulagem de altura para o banco do motorista de série - recurso não disponível no Chevrolet.
No Prisma o motorista tem de se acostumar com banco alto e a direção baixa e desalinhada para a esquerda. Não bastasse isso, o Chevrolet herdou outro defeito do Celta: o formato dos bancos dianteiros. Numa incompreensível economia, a GM criou um encosto mais alto que o normal para compensar o fato de o apoio de cabeça ser fixo.
PRISMA É MAIS RECHEADO - Ao guiar os dois sedãs, a superioridade do Voyage se destaca mais uma vez. Enquanto o Prisma tem uma base derivada do Corsa nacional da primeira geração, o Volks compartilha a plataforma com o Polo, um projeto mais moderno e sofisticado.
Isso aparece claramente no acerto de suspensão. O rodar do Voyage consegue ser confortável e ao mesmo tempo extremamente divertido numa condução mais agressiva. Chega a ser difícil achar o limite numa curva forte, de tão equilibrado que o carro é.
EQUIVALENTES - O Prisma não tem o mesmo refinamento, mas não compromete. Para a maioria dos motoristas, ele até se encaixa melhor, por ser um pouco mais macio.
No conjunto mecânico, o sedã da Volks compensa os 2 cv a menos (com álcool) com o torque superior (10,6 contra 9,7 mkgf) e o câmbio de engates mais precisos que os do Chevrolet.
O contra-ataque do Prisma se dá no conteúdo de série, que inclui itens pagos à parte no Voyage. Caso de ar quente, conta-giros, direção hidráulica e até o prosaico temporizador do limpador de para-brisa.
Com esses equipamentos (mais vidros dianteiros e travas elétricos), o preço do VW vai a R$ 31.420. O Voyage só tem regulagem de altura do banco do motorista como componente de série digno de nota. Além da abertura (elétrica) do porta-malas por um botão no painel, item também presente no Chevrolet (por meio de alavanca no assoalho).
MAIS OPÇÕES - Seguindo o exemplo da Fiat, a Volkswagen oferece uma longa lista de opcionais de conforto e segurança inexistentes no rival.
Entre eles estão: air bag duplo, computador de bordo, freios ABS, retrovisores e vidros traseiros elétricos. O sistema de entretenimento inclui som com leitor de CD, MP3, viva-voz Bluetooth e entradas USB e cartão SD.
Fonte: Portal Zap
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