Partimos na direção de Ouro Preto com quatro passageiros e bagagem. O utilitário é maior do que parece e acomodou a todos com conforto. Na serra, a boa surpresa: o Freelander inclina pouco nas curvas e aceita uma tocada vibrante no asfalto, mas sem perder a ternura. A suspensão atenua bem os buracos, como pudemos comprovar no pior trecho da viagem pela BR-040, na altura de Conselheiro Lafaiete.
O motor 3.2 (transversal, de seis cilindros em linha e origem Volvo) trabalha em silêncio. Sua força é melhor aproveitada com o câmbio automático de seis marchas no modo Sport, fazendo as passagens em giros mais altos. Em nenhum momento ficamos na mão. Nas retomadas, o Freelander não se faz de morto e a caixa reduz uma ou duas marchas rapidamente.
O consumo de gasolina é bem razoável para um utilitário que pesa 1.770 quilos, tem tração integral e “seis canecos”. No trânsito urbano, fez a média de 6,4km/l; na estrada, carregado, fez 9,1km/l.
O interior é agradável, mas simples. É um padrão americano de acabamento (talvez herança da Ford, antiga dona da Land Rover), um degrau abaixo do europeu. Atrás, o assoalho é ligeiramente elevado, o que deixa os joelhos em posição mais alta que a ideal - mas ninguém reclamou durante a viagem. Os bancos de couro são macios e recebem bem os passageiros. É o que se espera num modelo cujos preços começam em R$ 132 mil. A versão testada foi a intermediária SE (R$144 mil).Todos trazem nove airbags de série e o útil sistema Terrain Response, belo auxílio fora-de-estrada.
Antes da viagem, o carro posou para fotos na praia do Grumari. Selecionamos a opção Sand (Areia) disponível no sistema Terrain Response e seguimos sem susto no terreno fofo. O equipamento ajusta a tração integral às necessidades da hora.
A escolha é feita por meio de um botão giratório à frente do seletor de marchas. Além de distribuir a tração entre os eixos, o sistema também ajusta as respostas de motor e câmbio, de acordo com o modo escolhido.
Além da areia, há as opções Grama e Neve (piso escorregadio), Pedras ou Lama. As funções são exibidas em um monitor no painel, e tudo é simples e intuitivo. Para completar, há o sistema que controla a velocidade em descidas íngremes (HDC).
Em Minas, levamos o Freelander 2 ao mesmo barranco onde um VW Touareg refugou, mesmo com reduzida. Selecionamos a opção Grama e Neve e seguimos. Devagar e sempre, o Land Rover subiu e desceu, tirando onda. Deu até vontade de arriscar aventuras mais emocionantes, porém os pneus 235/60 R18 nasceram para o asfalto. Fica para o teste do Defender.
FICHA TÉCNICA:
Preço: R$ 144 mil
Origem: Inglaterra
Motor: A gasolina, transversal, seis cilindros em linha, 3.192cm³, potência máxima de 233cv (a 6.300rpm) e torque de 32,3kgfm (a 3.200rpm)
Transmissão: Tração integral por acoplamento viscoso Haldex, câmbio automático seqüencial (seis velocidades)
Pneus: 235/60 R18
Dimensões: Comprimento: 4,5m; entre-eixos: 2,66m
Peso: 1.770kg
Desempenho: 0-100km/h: 8,9s; máxima de 200km/h
Consumo*: 6,4km/l na cidade, 9,1km/l na estrada
Fonte: Texto extraído do Portal Zap, acesso em 08/07/09. O texto não foi modificado e todos os direitos são reservados aos seus autores.
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