O visual despojado da Parati, com rodas de aço, chega a assustar em relação ao estilo mais atual da Palio WeekendNão é que com o asfalto crocante que temos na grande maioria das ruas brasileiras essas peruas com apelo aventureiro são uma boa pedida? O visual despojado da Parati Titan (a partir de R$38.120) chega a assustar, mas depois de um tempo de convivência com essa perua sem frescura você logo se acostuma. A Palio Trekking (que parte de R$ 41.770) é um pouco mais estilosa e causa uma impressão melhor logo de cara. Mas essa briga foi bem mais acirrada do que parece. A veterana da Volkswagen (lançada como parte da linha 2010) deu bastante trabalho à rival da Fiat desse comparativo. Dessa vez não tive dó de passar por buracos, lombadas, valetas, entre outros obstáculos urbanos que são encontrados aos montes em São Paulo. Pelo contrário: era avistar qualquer imperfeição do piso pelo caminho para testar a valentia dessas peruas com maior distância do solo. Que beleza que foi enfrentar as valetas da Vila Madalena, as crateras que se espalham pela via que dá acesso ao portão principal da USP e passar pelas “tartarugas” da rua onde moro sem me preocupar. De quebra, fiquei mais tranqüilo nos dias chuvosos , já que seria mais fácil passar incólume por pequenos alagamentos a bordo de uma dessas peruas.
No cômputo geral, o modelo da Fiat sai com uma vitória apertada pelo conjunto um pouco melhor que o da concorrente. Aliás, quando o assunto é robustez, a veterana da Volkswagen se sai bem com a força do motor 1.6, o confiável AP que já equipou Passat, Voyage, Saveiro e companhia nas décadas de 80 e 90. É de concepção antiga, sem dúvida, faz vibrar o carro todo, mesmo em ponto morto, rouba espaço interno e consome mais do que o ideal. Mas não há como negar que a Parati é mais ágil que Weekend em qualquer situação, principalmente por conta da maior dose de torque desde as primeiras marcações do conta-giros. São 14,5 kgfm a 3.000 rpm ante 12,5 a 3.500 rpm. Para subir ladeiras e enfrentar valetas, força é fundamental.
Ambas contam com pneus de uso misto (175/70R14) que ajudam a passar sem sustos por estradas de terra batida, mas a Volkswagen optou pelas rústicas rodas de aço com aquelas calotinhas centrais que me fizeram lembrar da Brasília que meu pai teve no tempo em que eu ainda estava no primário. A escolha talvez tenha sido feita para passar uma idéia de robustez, mas não deixa de ser uma estratégia arriscada, não? Afinal, visual é importante para o consumidor brasileiro, como mostram vários estudos de marketing. De qualquer forma, no quesito estilo, a Trekking dá um banho na concorrente, mesmo considerando que o modelo da marca alemã vem com faróis auxiliares de neblina e lanternas fumês de série.
Se por um lado são boas para encarar obstáculos, por outro essas peruas precisam contornar curvas com cuidado. No caso da Trekking, a suspensão mais voltada para o conforto, que permite mais inclinação da carroceria, a cautela deve ser ainda maior. A Parati transmite mais segurança que a rival pela melhor estabilidade. E faz ultrapassagens com mais agilidade, embora com nível de ruído bem maior que o modelo da Fiat. Também é um pouco mais veloz por causa dos 103 cavalos ante os meros 86 cv da Trekking. Segundo os números das fabricantes, a Parati atinge 183 km/h, contra 165 km/h da Weekend. Quando o assunto é desempenho, a perua da Fiat vence apenas no caso de frenagens de emergência, já que pode vir equipada com ABS, ao contrário da veterana da Volkswagen.
A Trekking escapou por pouco da derrota depois que mostrou que seu projeto mais moderno faz diferença. A posição de dirigir é mais confortável não apenas pelas opções de regulagens, mas também porque na Parati o volante é fora de esquadro, como acontece no Gol G4. A instrumentação da Fiat não é nenhum exemplo de design, mas o da Volkswagen fica devendo mais clareza, seja pelo ponteiro minúsculo do conta-giros, ou pela marcação quase invisível do marcador de temperatura do motor. O acabamento da veterana da Volkswagen também precisa melhorar, assim como a ergonomia, visivelmente mais adequada no caso da Weekend. Ponto também para a Fiat pelo porta-malas um pouco maior (460 litros ante 437 litros da rival) e pela maior quantidade de opcionais, que incluem sensores nos para-choques que facilitam as manobras e Bluetooth.
A perua da Fiat sai com uma vitória apertada, mas a veterana Parati, que deve sair de linha no ano que vem, mostra uma relação custo benefício um pouco melhor com nível de itens de série compatível com o da concorrente. Mesmo considerando as versões básicas, a Parati custa R$ 3.650 a menos e vem com regulagem de altura do banco do motorista, que é opcional na Weekend. De qualquer forma, ambas são boas opções para quem está longe de gastar com jipões de luxo equer um pouco mais de valentia do que as peruas normais podem oferecer.
Fonte: Revista Auto Esporte. Acesso em 14-08-09, o texto permanece em sua forma original, descartando qualquer modificação estática seu conteúdo é reservado a seus autores.
No cômputo geral, o modelo da Fiat sai com uma vitória apertada pelo conjunto um pouco melhor que o da concorrente. Aliás, quando o assunto é robustez, a veterana da Volkswagen se sai bem com a força do motor 1.6, o confiável AP que já equipou Passat, Voyage, Saveiro e companhia nas décadas de 80 e 90. É de concepção antiga, sem dúvida, faz vibrar o carro todo, mesmo em ponto morto, rouba espaço interno e consome mais do que o ideal. Mas não há como negar que a Parati é mais ágil que Weekend em qualquer situação, principalmente por conta da maior dose de torque desde as primeiras marcações do conta-giros. São 14,5 kgfm a 3.000 rpm ante 12,5 a 3.500 rpm. Para subir ladeiras e enfrentar valetas, força é fundamental.
Ambas contam com pneus de uso misto (175/70R14) que ajudam a passar sem sustos por estradas de terra batida, mas a Volkswagen optou pelas rústicas rodas de aço com aquelas calotinhas centrais que me fizeram lembrar da Brasília que meu pai teve no tempo em que eu ainda estava no primário. A escolha talvez tenha sido feita para passar uma idéia de robustez, mas não deixa de ser uma estratégia arriscada, não? Afinal, visual é importante para o consumidor brasileiro, como mostram vários estudos de marketing. De qualquer forma, no quesito estilo, a Trekking dá um banho na concorrente, mesmo considerando que o modelo da marca alemã vem com faróis auxiliares de neblina e lanternas fumês de série.
Se por um lado são boas para encarar obstáculos, por outro essas peruas precisam contornar curvas com cuidado. No caso da Trekking, a suspensão mais voltada para o conforto, que permite mais inclinação da carroceria, a cautela deve ser ainda maior. A Parati transmite mais segurança que a rival pela melhor estabilidade. E faz ultrapassagens com mais agilidade, embora com nível de ruído bem maior que o modelo da Fiat. Também é um pouco mais veloz por causa dos 103 cavalos ante os meros 86 cv da Trekking. Segundo os números das fabricantes, a Parati atinge 183 km/h, contra 165 km/h da Weekend. Quando o assunto é desempenho, a perua da Fiat vence apenas no caso de frenagens de emergência, já que pode vir equipada com ABS, ao contrário da veterana da Volkswagen.
A Trekking escapou por pouco da derrota depois que mostrou que seu projeto mais moderno faz diferença. A posição de dirigir é mais confortável não apenas pelas opções de regulagens, mas também porque na Parati o volante é fora de esquadro, como acontece no Gol G4. A instrumentação da Fiat não é nenhum exemplo de design, mas o da Volkswagen fica devendo mais clareza, seja pelo ponteiro minúsculo do conta-giros, ou pela marcação quase invisível do marcador de temperatura do motor. O acabamento da veterana da Volkswagen também precisa melhorar, assim como a ergonomia, visivelmente mais adequada no caso da Weekend. Ponto também para a Fiat pelo porta-malas um pouco maior (460 litros ante 437 litros da rival) e pela maior quantidade de opcionais, que incluem sensores nos para-choques que facilitam as manobras e Bluetooth.
A perua da Fiat sai com uma vitória apertada, mas a veterana Parati, que deve sair de linha no ano que vem, mostra uma relação custo benefício um pouco melhor com nível de itens de série compatível com o da concorrente. Mesmo considerando as versões básicas, a Parati custa R$ 3.650 a menos e vem com regulagem de altura do banco do motorista, que é opcional na Weekend. De qualquer forma, ambas são boas opções para quem está longe de gastar com jipões de luxo equer um pouco mais de valentia do que as peruas normais podem oferecer.
| Parati Titan | Palio Weekend Treking | |
| Motor | 1.6 8V | 1.4 8V |
| Potência (cv) | 101 (G) / 103 (A) a 5.750 rpm | 85 (G) / 86 (A) a 5.750 rpm |
| Torque (kgfm) | 14,2 (G) / 14,5 (A) a 3.000 rpm | 12,4 (G) / 12,5 (A) a 3.500 rpm |
| Comprimento (m) | 4,189 | 4,237 |
| Largura (m) | 1,651 | 1,659 |
| Altura (m) | 1,418 | 1,587 |
| Entre eixos (m) | 2,470 | 2,437 |
| Porta-malas (L) | 437 | 460 |
| Peso (kg) | 994 | 1.098 |
| Preço básico (R$) | 38.120 | 41.770 |
| TESTES | ||
| Aceleração 0 a 100 km/h (s) | 11,5 (G) e 11,2 (A) | 13,5 (G) e 13,4 (A) |
| Velocidade máxima (km/h) | 182 (G) e 183 (A) | 164 (G) e 165 (A) |
| Consumo cidade (km/l) | 8,2 (A) | 9,2 (A) |
| Consumo estrada (km/l) | 12 (A) | 12,6 (A) |
Fonte: Revista Auto Esporte. Acesso em 14-08-09, o texto permanece em sua forma original, descartando qualquer modificação estática seu conteúdo é reservado a seus autores.





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