Há um ano, o Polo Sedan estava tranquilo no segmento dos três-volumes compactos premium, praticamente sem concorrência. Mas de lá para cá essa categoria se agitou com as chegadas de Fiat Linea, em setembro passado, e Peugeot 207 Passion, no mês seguinte. Agora há mais um modelo para brigar com o Volkswagen, o recém-lançado Honda City.
Entre as versões de topo, City EXL 1.5 (R$ 71.095), com câmbio automatizado, e Polo Sedan Comfortline 1.6 I-Motion (R$ 53.815), de transmissão automatizada, o carro da marca japonesa fabricado em Sumaré (SP) superou o rival são-bernardense.
Na soma dos quesitos, a diferença foi mínima, é verdade, pois o Polo é bem mais barato na compra e no seguro. Mas como produto o City é superior, por oferecer mais espaço, porta-malas e equipamentos.
E esse competente pacote vem embalado por uma carroceria moderna e atraente. Apesar de ainda agradarem, as linhas do VW já sentem o peso dos quase sete anos de mercado - seu lançamento foi no fim de 2002.
O que surpreende positivamente no Volks é o bom acerto do sistema robotizado do câmbio. Assim como na versão manual, a caixa de mudanças casa muito bem com o câmbio, mesmo com a tecnologia que automatiza o acionamento da embreagem.
As passagens de marchas são suaves na maioria das vezes, diferentemente de equipamentos similares de outras marcas. Mas nada que se compare a uma transmissão automática tradicional, como a de cinco marchas do City.
COMPORTAMENTOS PARECIDOS - Em relação ao desempenho, há um empate, pois o propulsor 1.6 8V da VW, de até 104 cv, se vira muito bem contra os 116 cv do 1.5 16V da Honda. No Polo, o torque é maior e aparece antes: 15,6 mkgf a 2.500 rpm ante 14,8 mkgf a 4.800 giros.
Quanto ao rodar, ambos mostram qualidades próximas às de sedãs médios. Especialmente no equilíbrio entre absorção de impactos e firmeza. De assistência hidráulica, a direção do Polo é tão precisa e eficiente quanto a elétrica do City.
HONDA OFERECE MAIS ESPAÇO E ITENS DE SÉRIE - O City se sobressai não só no desenho externo mas também por dentro. Atual, seu painel é mais vistoso, com o aplique prata na parte central. E a entrada para o toca-CDs, escondida atrás da tela do sistema de som, acaba sendo um charme extra.
Já o acabamento interno do Polo é de ótimo nível, se equiparando ao do Honda, cujo destaque é a maior amplitude. Seus 9 cm a mais de entre-eixos e 4 cm extras de largura fazem a diferença.
Além de ter mais espaço, quem senta atrás no City ainda se beneficia das duas gavetas porta-objetos debaixo do assento e do encosto que reclina. É um ângulo limitado, mas já suficiente para ajudar num cochilo, por exemplo. Por sua vez, o sedã da VW oferece maior alcance de ajuste na altura da poltrona do condutor.
No volume do porta-malas a vantagem do Honda é grande: são 506 litros contra 432 l. Como consolo, a articulação da tampa do VW tem dobradiças pantográficas, que não roubam espaço da bagagem. Ao contrário das arcaicas alças do City, conhecidas como “pescoço de ganso”.
No equipamento, outro banho do City no Polo. Air bag duplo, bancos de couro, controle de velocidade de cruzeiro, freios ABS e volante com aletas para trocas de marcha são de série no Honda e opcionais no VW. Com esses itens, o preço do Polo vai a R$ 59.945.
Fonte: [ Portal Zap ]
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