Teste - Fiat 500 vs. VW Beetle




O polonês Fiat 500 é novato no País - chegou em outubro. Já o mexicano Volkswagen Beetle é veterano - está aqui há dez anos. O primeiro é compacto com motor 1.4, o outro, médio com propulsor 2.0. Mas eles têm algo em comum: fazem parte de um nicho em expansão, o de releituras de carros do passado. Neste comparativo, o 500 com câmbio automatizado, oferecido a partir de R$ 66.940, chama o VW para uma briga retrô.

O New Beetle compete na versão automática, com o transmissão sequencial de seis marchas cuja tabela inicial é de R$ 62.020. Apesar do preço mais salgado do 500 (diz-se cinquecento, em italiano), o carro feito na Polônia derrotou o mexicano. Jogaram a seu favor o desempenho mais agradável e o fato de ter menor custo de manutenção, além de estilo mais charmoso.



O fator novidade também ajudou. O New Beetle, embora não seja um veículo comum de se ver nas ruas, tem desenho bem menos impactante que o do carrinho da Fiat.

O 500 traz uma variante do motor de 1,4 litro que equipa a família Palio e Idea nacionais. Movido a gasolina, seu cabeçote é de 16 válvulas, o suficiente para lhe dar potência de 100 cv. Está entre as qualidades do carrinho de 3,54 metros e 935 kg. O New Beetle mantém o quatro-cilindros 2.0 do Golf, mas só a gasolina (o do hatch é flexível) e com 116 cv. É pouco para dar emoção ao carro de 4,08 m e 1.250 kg.


Interior do Beetle

Na hora de acelerar é o Fiat o que empolga. No modo Sport, acionado por tecla no painel, muda também a assistência da direção, que fica mais pesada. E o câmbio traz opção manual, com aletas no volante. Para aumentar o prazer, ele dá uma pequena acelerada nas reduções.

O New Beetle - que usa a base do Golf - se esforça com seu bom câmbio Tiptronic, mas não empolga. O modo esportivo é preguiçoso e o manual não obedece a vontade do motorista. Some-se a isso a direção mais lenta.


Interior do 500

Mas a posição de dirigir é pior no Fiat, que não tem ajuste de distância do volante. Ele também desagrada pelo maior diâmetro de giro, o que exige mais manobras para estacionar.

MODELOS RECHEADOS DE EQUIPAMENTOS - Assim como o New Beetle, que receberá atualizações visuais em 2012, o 500 abandonou sua origem humilde para se tornar sofisticado nesta nova edição. Em ambos a lista de itens de série é extensa e inclui freios ABS, direção assistida (elétrica no Fiat e hidráulica no VW), ar-condicionado e air bags – sete no 500, seis no Beetle. O polonês oferece toca-CDs mais moderno, que traz um sistema multimídia.

Painel do VW Beetle

Há lugares para apenas quatro ocupantes nos dois modelos. Peculiar é que, embora seja maior em entre-eixos (2,50 metros, ante 2,30 m), o Beetle não acomoda os passageiros no banco de trás como o rival. Atrapalham as colunas traseiras (“C”), muito inclinadas. Mesmo pessoas mais baixas batem a cabeça ali. Isso não ocorre no 500. Apesar do espaço reduzido para as pernas, passageiros altos não raspam a cabeça no teto.


Fiat 500 - As cores do painel acompanham a da carroceria

No porta-malas do 500 é mais fácil acomodar a bagagem que no compartimento do Beetle, embora os números das fábricas apontem o contrário (185 litros para o Fiat e 209 l no VW).

A gama de personalização para o Volkswagen é maior. Há dez opções de cor para a carroceria (o 500 tem cinco) e sete de revestimento dos bancos e painéis das portas – no Fiat há couro no pacote Full, que custa R$ 7.262 (no Beetle o item sai por R$ 2.957).

Nas cotações de peças o Fiat mostrou valores razoáveis, melhores que os do rival. Cotações de seguro não foram feitas porque o 500 é novo no mercado e não consta das tabelas das seguradoras pesquisadas.

Texto original: Portal Zap

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